Casou três vezes: Primeiro em Queluz, MG, com GERTRUDES JOAQUINA DA SILVA, falecida no Espírito Santo do Pomba, MG, em 1854. Segunda vez com ANA ROSA TEIXEIRA, falecida em Bom Jesus do Itabapoana em 1864. Casou terceira vez com MARIA CAROLINA DE OLIVEIRA, natural de Patrocínio de Muriaé, MG, falecida em Bom Jesus do Itabapoana, em 1906. Teve cerca de 21 filhos dos três casamentos, que deixaram uma descendência numerosa na região do Vale do Itabapoana. Faleceu por volta de 1876. Francisco e Carolina são meus trisavós maternos. Francisco é também meu 5º avô materno, por seu casamento com Gertrudes. Francisco e Gertrudes são os trisavós maternos de Maria Cristina Borges, prima e parceira nestas pesquisas.
“Aos nove de junho do ano de mil oitocentos e seis na Capela de Santo Amaro, filial desta Matriz de Nossa Senhora da Conceição da Real Vila de Queluz, o Capelão da mesma Gregório João da Cruz batizou e pôs os santos óleos a Francisco, párvulo, filho legítimo de Francisco Lourenço Borges e Anna Rosa de Jesus. Foram padrinhos Domingos da Cunha Lopes e sua mulher Anna Joaquina Diniz, todos desta Freguesia. Para constar, fiz este assento que assino. O vigário Fortunato Gomes Carneiro.”
Em 1824, quando o pai morreu (4), Francisco tinha 18 anos. O jovem tropeiro vivia parte de sua vida na fazenda em Queluz e em outros momentos estava em viagem, conduzindo tropas e transportando gêneros para outras Províncias, principalmente para o Rio de Janeiro, pela estrada geral de Minas a Campos de Goitacazes.
II - 1º CASAMENTO - FRANCISCO JOSÉ BORGES E GERTRUDES JOAQUINA DA SILVA
"Aos dezesseis de outubro de mil oitocentos e vinte e seis na Ermida das Dores de Aplicação dos Olhos d’Água com provisão do Juízo Eclesiástico de São João, feitas as denunciações canônicas com licença minha, o Padre Gonçalo Ferreira da Fonseca assistiu e administrou o sacramento do matrimônio e conferiu as bênçãos nupciais na forma do ritual romano aos contraentes Francisco José Borges, filho legítimo de Francisco Lourenço Borges e Anna Rosa de Jesus, e Dona Gertrudes Joaquina da Silva, filha legítima do Capitão José Ferreira de Souza e Dona Vicência Joaquina da Silva, naturais batizados e moradores nesta freguesia de Queluz..."
"Aos 26 dias do
mês de agosto do ano de 1849, neste território denominado 'Cemitério', reunidos
os Devotos do Divino Espírito Santo abaixo assinados para o fim de
providenciar-se sobre alguns arranjos precisos para o progresso da Capela,
compra de alfaias e mais utensílios.
Propôs o devoto
Luciano Coelho de Oliveira que sendo necessário o dispêndio de grande soma
pecuniária para ocorrer a esta despesa julgava indispensável que o terreno da
capela designado para patrimônio fosse aforado e repartido pelos Devotos que
quisessem, sujeitando-se os mesmos ao pagamento anual...”(...)
“E para constar se
lavrou esta ata que vai assinada pelos Mesários e Irmãos Devotos depois de lida
por mim Joaquim Teixeira de Oliveira, secretário que a subscrevi e
assino.
Luciano Coelho de Oliveira, Joaquim Pires Mundim, Silvério José de Almeida Ramos, Laureano José Coutinho, Padre Carlos José Pereira de Andrade, Francisco Venancio de Almeida, Antonio Vieira de Souza, José Vicente Pires de Almeida, FRANCISCO JOSÉ BORGES, Manoel Carvalho de Oliveira, Joaquim Laureano José Coutinho, Domingos Mendes Peixoto, Manoel de Moraes Sarmento, Manoel Antonio Pimentel, Francisco do Couto Pereira, Zeferino José Ramos de Almeida." (grifo nosso)
É importante destacar que entre os assinantes da Ata do dia 26.08.1849, consta o nome de Francisco do Couto Pereira (8), que mais tarde viria se fixar em Bom Jesus do Itabapoana, RJ, assim como os de alguns familiares de Manoel Rodrigues Costa, Jacinto Pereira da Silva, Joaquim Teixeira de Oliveira, Francisco Venâncio de Almeida e Zeferino José Ramos de Almeida, que também migraram para nossa região.
“Art. 1º - A divisa entre os municípios de Guarani e Pomba é fixada da seguinte maneira: partindo das divisas do Rio Novo, na cabeceira do Ribeirão Torneiros, do Guarani (...) daí sobe-se à esquerda em direção ao alto; acompanha-se a linha divisória das águas do dito ribeirão do Passa-Cinco com as do ribeirão do Passa-Cinco do Meio até o espigão divisor do dito Passa-Cinco com as do Rio Formoso; segue-se pelos altos da linha divisória das águas dos referidos Passa-Cinco e Formoso até o Rio Pomba; daí desce-se o Rio Pomba até a embocadura do ribeirão da Boa Vista, à sua esquerda; sobe-se até defrontar o espigão existente entre as fazendas de SANT’ANA, antiga de FRANCISCO JOSÉ BORGES, do Guarani, hoje propriedade de Francisco Furtado de Mendonça, e a fazenda do Acaba-Saco, de Emídio Alves Vieira, de Piraúba.” (grifo nosso)
IV - A MORTE DE GERTRUDES JOAQUINA DA SILVA
A seguir, o testamento de Gertrudes:
(...)
sou filha legítima de José Ferreira de Souza e Vicência Joaquina da Silva,
nascida na Aplicação de Santo Amaro e batizada nos Olhos D’Água. Declaro que
sou casada com Francisco José Borges e desse matrimônio temos filhos. Declaro
por meus testamenteiros, em primeiro lugar a meu genro Antonio Teixeira de
Siqueira e em terceiro lugar a meu genro Francisco Theodoro de Oliveira, e
deixo de prêmio ao que aceitar este meu testamento a quantia de cem mil reis, e
o tempo de três anos para prestar contas em juízo.
Declaro
que sou indigna irmã da Confraria de São Francisco, da Cidade de Mariana, e o
meu testamenteiro pagará o que devo de entrada e remissão. Declaro que meu
enterro será feito à disposição do meu testamenteiro, e assistirão ao meu
enterro o meu Pároco e os Padres que se acharem, e darão Missas de corpo
presente, e mais um oitavário cada um.
Declaro que feitas as minhas disposições, serão minhas herdeiras do restante da minha terça as minhas sete filhas solteiras, e estas receberão o que lhes tocar quando estiverem para tomarem estado, ou quando meu marido julgar conveniente, pois é esta a minha vontade, e peço as justiças do Império queiram dar por fim este meu testamento e disposição da minha vontade, e pedi ao Vigário José Ignacio da Silveira que por mim este escrevesse, sendo por mim dirigido, e por mim assinasse. Ribeirão de Santa Ana, 14 de dezembro de 1853. A rogo da testadora Gertrudes Joaquina da Silva, o Vigário José Ignacio da Silveira (10).
Entre outros bens, estão relacionados uma casa na Fazenda do Ribeirão de Sant’Ana, no distrito do Divino Espírito Santo, uma casa na Vila de São Manoel do Pomba, 210 alqueires de terras, 5 mil pés de café, 180 arrobas de café, 100 alqueires de feijão, 26 escravizados, 20 carros de milho, 70 alqueires de arroz, 223 porcos, 16 cavalos, 9 bestas e 38 cabeças de gado; aparecem também crucifixos e rosários de ouro, colheres e garfos de prata. O total dos bens avaliados em 35:561$446. (11)
V - OS FILHOS DE FRANCISCO JOSÉ BORGES e GERTRUDES JOAQUINA DA SILVA
FRANCISCO e GERTRUDES tiveram treze filhos, relacionados no Inventário de Gertrudes, encontrado no Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana. Além deles, encontramos o batismo de Francisco, provavelmente o primeiro filho do casal, sem informações, pode ter falecido criança.
2. MARIA JOAQUINA DA SILVA casada com ANTONIO TEIXEIRA DE SIQUEIRA
3. VICENCIA JOAQUINA DA SILVA casada com ANTONIO JOAQUIM LEITE
4. PEDRO JOSÉ BORGES casado com MARIA ROSA DE NAZARETH
5. ANA JOAQUINA DA SILVA casada com FRANCISCO THEODORO DE OLIVEIRA
6. ANTONIA JOAQUINA DA SILVA casada com ANTONIO PEREIRA DE AZEVEDO
7. MARIA DAS DORES JOAQUINA DA SILVA casada com JOAQUIM JOSÉ PIMENTEL
8. VALENTINA JOAQUINA DA SILVA casada com JOSÉ CAMILO FERREIRA DE SOUZA
9. FELICIANA JOAQUINA DA SILVA casada com ÂNGELO JOSÉ SOBREIRO
10. MAFALDA JOAQUINA DA SILVA casada com ANTONIO HERMÓGENES FERREIRA DE SOUZA
11. ANTONIO JOSÉ BORGES casado com BÁRBARA ROSA TEIXEIRA
12. MESSIAS JOAQUINA DA SILVA casada com ANTONIO RODRIGUES DE SOUZA
13. VERONICA JOAQUINA DA SILVA casada com GERVASIO RODRIGUES DE SOUZA
14. MARIA RITA, um ano de idade em 1854, falecida depois da morte da mãe.
VI - 2º CASAMENTO - FRANCISCO JOSÉ BORGES E ANA ROSA TEIXEIRA
FRANCISCO JOSÉ BORGES, após a morte da primeira esposa, casou pela segunda vez com ANA ROSA TEIXEIRA, viúva de Antonio Pinto Ribeiro, que teve cinco filhos com o primeiro marido: Bárbara Borges Ribeiro, Maria de Nazareth Teixeira, Antonio Pinto Ribeiro, Ana Rosa Teixeira e Felicíssima Teixeira. ANA ROSA TEIXEIRA era filha de Francisco Teixeira de Siqueira e de sua mulher Felicíssima Rosa d’Oliveira, moradores no Ribeirão do Tejuco, Vila de São Manoel do Pomba, MG. Neta paterna de Antonio Teixeira de Siqueira e Maria Angélica de Almeida. Neta materna de Domingos de Magalhães Pereira e Rosa Maria de Oliveira.
Não temos a data do casamento. Como a data da morte de Gertrudes foi em 28.05.1854 e o primeiro filho do casal foi batizado em 06.05.1855, o casamento pode ter ocorrido entre junho e agosto de 1854. Ana Rosa era cunhada de Maria Joaquina, filha de Francisco, o que deve ter favorecido a rápida união entre os viúvos Francisco e Ana Rosa, reforçando ainda mais o entrelaçamento das famílias Borges e Teixeira.
"Eu, abaixo assinado Francisco José Borges, sou senhor e possuidor de uma porção de terras de cultura em comum com meus filhos, que levam de planta de milho cento e quarenta alqueires mais ou menos e assim mais cinquenta alqueires de meus filhos órfãos, sita no largo de Santa Ana, Distrito do Divino Espírito Santo, termo da Vila da Pomba, cujo terreno confronta com Antonio Joaquim Leite, Miguel Correia Leite, Antonio Joaquim Ferreira, José Ferreira e Maria Ferreira, e Joaquim Antonio da Motta, José Rodrigues Condé, e D. Ana Maria de Jesus, e José Luiz Miranda, assim mais sete alqueires mais ou menos a Fazenda de D. Ana Maria de Jesus, que confronta com José Rodrigues Condé, Felisberto Pinto Barbosa e José Pinto Barbosa e D. Joana Lopes e José Luiz de Miranda. E para constar passo este em duplicata por mim feito e assinado. Córrego de Santa Ana, vinte e três de Fevereiro de 1856. Francisco José Borges. (10)
“Eu abaixo assinado, sendo tutor dos filhos do finado Antonio Pinto Ribeiro, (...) e bem assim uma porção de terras de cultura que levam de planta de milho 15 alqueires mais ou menos, sitas no Ribeirão de S. Manoel, distrito do termo da Vila da Pomba." E para constar passo este em duplicata por mim feito e assinado. Córrego de Santa Ana, vinte e três de Fevereiro de 1856.Francisco José Borges.
“- Uma sorte de terras de cultura situada na Fazenda na Barra do Itabapoana, distrito de Bom Jesus, Ribeirão do Pirapetinga, em comum com Antonio Teixeira de Siqueira e Francisco Teixeira de Siqueira, e bem assim uma porção de telhas e outra de tábuas, e metade de uma casa térrea ordinária coberta de telhas, e de um moinho coberto de telhas, tudo avaliado na quantia de 3 contos e 200 mil reis” além de “metade de valor de uma porção de gado existente na dita fazenda, na quantia de 220 mil reis.” (13)
Quando a viúva Felicíssima Rosa de Oliveira faleceu, no Inventário dos bens deixados essas terras são
assim declaradas:
“Quarta parte da Fazenda de terras e culturas situada na Barra do Itabapoana, distrito do Senhor Bom Jesus, Ribeirão do Pirapetinga, termo da cidade de Campos dos Goitacazes, Província do Rio de Janeiro, cuja quarta parte desta fazenda acha-se em comum os mesmos herdeiros da inventariada". (14)
“Aos 25 do mês de maio do ano de 1859, nesta cidade do Pomba, em meu Cartório compareceram perante o Suplicante Francisco José Borges e sua segunda mulher, D. Ana Rosa Teixeira, e por eles, perante duas testemunhas, me foi dito que são usufrutuários dos bens que coube em partilha à herdeira Maria Rita da Silva, falecida depois da morte de sua mãe d. Gertrudes Joaquina da Silva, e desta herança, isto é, somente quanto aos bens de raiz, fazem desistência do usufruto que a Lei lhes permite nas pessoas dos filhos do primeiro casal, quais, Maria Joaquina, Vicência, Pedro, Ana, Antonia, Maria das Dores, Valentina, Feliciana, Mafalda, Antonio, Messias e Verônica, e isto com igualdade, reservado para suas pessoas o usufruto dos bens móveis e semoventes..." (12)
VII - A VINDA DA FAMÍLIA BORGES PARA O ARRAIAL DO SENHOR BOM JESUS DO ITABAPOANA: 1859No ano de 1859, deixando Minas Gerais, aos 43 anos, Francisco José Borges parte do distrito do Divino Espírito Santo do Pomba, MG, em direção ao arraial do Senhor Bom Jesus do Itabapoana, então pertencente à freguesia de Santo Antonio de Guarulhos, Campos dos Goitacazes, RJ, noroeste da Província do Rio de Janeiro e sul da Província do Espírito Santo. A região, ocupada por colonizadores mineiros em busca de terras férteis para cultivo de cana-de-açúcar e café, contava com uma subdelegacia de polícia, uma Capela e um capelão remunerado pelos fazendeiros, que cultivavam grande quantidade de café. (16)
O memorialista Padre Antonio Francisco de Mello, em "Padre Mello Prosa e Verso", escreve:
“Vimos que veio de Minas, penso que de Pomba, Francisco José Borges, progenitor de Francisco José Borges Filho que, octogenário, ainda vive entre nós como já vimos, ativo e aprumado, gozando em saúde o prêmio de sua morigerada mocidade. Veio este senhor em 1859, com cerca de quatro anos, em companhia de seu pai, que se estabeleceu nas águas já reunidas dos três córregos Braúna, Leite e Mirindiba”. (18)
As terras de Francisco José Borges confrontavam com os Teixeira de Siqueira, na Barra do Pirapetinga, onde havia comércio de produtos e animais, e constante movimentação de tropeiros. O local contava com uma estrada construída e mantida pela administração provincial (21). Essa estrada ia da barra do riacho Pirapetinga, confluente do rio Itabapoana, e seguia pela margem direita até o porto de Limeira, no município de S. João da Barra, RJ, sendo a única via dos fazendeiros e lavradores para o transporte de seus produtos para o porto de Limeira. A estrada da Barra seguia também ao arraial de Natividade do Carangola, RJ, a Santa Luzia do Carangola, MG e ao Ribeirão da Onça, na divisa da Província de Minas. (22)
“Quase todos os fazendeiros têm canaviais, porém ainda não chega para a exportação. Plantam tudo quanto precisam para sua família e escravaturas. A fertilidade das terras e abundância das colheitas fazem esperar um próspero futuro a esta freguesia, que por ora se limita só a exportar algum toucinho e café, por causa de sua má estrada ao porto de embarque, que dista 15 léguas”. (23)
Filhos do primeiro casamento com Antonio Pinto Ribeiro: Maria de Nazareth, casada com Pedro José Borges, Bárbara Rosa Teixeira, casada com Antonio José Borges, Ana Rosa Teixeira, casada com Tertuliano Rodrigues de Souza e 2ª vez, em 1879, com Francisco Severino Teixeira, Antonio Pinto Ribeiro, solteiro, que se casou mais tarde com Gertrudes Joaquina da Silva, e Felicíssima Rosa Teixeira, casada com Ricardo Joaquim Leite.
Filhos do segundo casamento com Francisco José Borges: Francisco José Borges, solteiro, de 14 anos, Teresa Umbelina Teixeira, solteira, de 12 anos, Emília, de 9 anos, e Gervásio, de 7 anos.
Entre outros, o Inventariante declara os seguintes bens: uma casa de vivenda e pastos, uma casa de paiol de milho, uma casa no arraial do Bom Jesus, 14 escravizados, 300 alqueires de terras, 30 mil pés de café, rendimento de 650 arrobas de café, bois, cavalos e cabras, 69 cabeças de porcos, e uma ação da Companhia de Navegação a Vapor Itabapoana. As dívidas ativas, decorrentes de empréstimos a parentes (genros, etc) no valor de 5 contos de reis; O total de bens foi avaliado em 43:554$960 (43 contos, 554 mil e 960 reis. (25)
15. FRANCISCO JOSÉ BORGES FILHO casado com ELIZENA PETRONILHA DE JESUS
16. TERESA ROSA TEIXEIRA também TERESA UMBELINA casada com DOMICIANO FERREIRA DOS SANTOS
17. EMILIA ROSA TEIXEIRA casada com WENCESLAU JOSÉ FERREIRA DE SOUZA
18. GERVASIO JOSÉ BORGES casado com CARLOTA FERREIRA DOS SANTOS
IX - 3º CASAMENTO - FRANCISCO JOSÉ BORGES E MARIA CAROLINA MARQUES DE OLIVEIRA
MARIA CAROLINA, filha de Anacleto Elias de Oliveira e Françoise Béatrice Marquis, nasceu aos 21.05.1832 na Vila de Nova Friburgo, RJ; neta paterna do Cap. Manoel Francisco de Oliveira e Anacleta Maria de Siqueira, naturais da Vila de Queluz, MG; neta materna de Henri Marquis e Marie Josette Gobett, naturais do Cantão de Friburgo, bispado de Laudanne, Suíça. (Igreja Matriz de São João Baptista, contribuição de Celso Kropf).
Faleceu FRANCISCO JOSÉ BORGES por volta de 1876, com cerca de 76 anos, provavelmente, em sua propriedade, a Fazenda Bom Retiro, na Braúna, na freguesia do Sr. Bom Jesus do Itabapoana. Infelizmente, o inventário dos bens de Francisco não foi localizado, apesar das várias pesquisas efetuadas. O Edital publicado no jornal Monitor Campista em 26.06.1877 indica ter sido aberto o inventário no Juízo de Campos dos Goitacazes, sendo Maria Carolina a inventariante.
"Aos quinze dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e seis, nesta freguesia do Sr. Bom Jesus do Itabapoana, décimo distrito do município de Itaperuna, compareceu em meu Cartório Anacleto José Borges, negociante, residente neste distrito e declarou: Que no dia17 de outubro do corrente ano, às dez horas da noite, faleceu neste distrito, de uma lesão cardíaca, sua mãe, D. Maria Carolina Borges, viúva de Antonio Teixeira de Siqueira, brasileira, com setenta e três anos de idade. Deixou três filhos, de nomes Anacleto José Borges, com trinta e sete anos de idade; Ernesto José Borges, com trinta e cinco anos; e Messias José Borges, com trinta e três anos de idade. Não deixou testamento e foi sepultada no cemitério público deste arraial". (28)
19. ANACLETO JOSÉ BORGES casado com MARIA LEOPOLDINA TEIXEIRA
20. ERNESTO JOSÉ BORGES casado com MINERVINA TEIXEIRA
21. MESSIAS JOSÉ BORGES casado com FRANCISCA PEREIRA DOS SANTOS
À época em que Francisco morreu, a freguesia do Sr. Bom Jesus do Itabapoana contava com 51 casas, sendo 4 de sobrado e 50 térreas, uma pequena Igreja que serve de Matriz, e uma outra, de pedra e cal, em construção. Era, na época, “lugar sadio, cortado de regatos, com extensão de 15 léguas, abundantes de terrenos apropriados ao café”, e com mais de 3000 habitantes”, laboriosos e incansáveis na plantação do café, exportando para o Porto da Limeira mais de 500 mil arrobas de produtos, por uma estrada que saía da Barra do Pirapetinga". (29)
(1) IGREJA Matriz de Santo Amaro. Disponível em:
(2) FAMÍLIA Xavier. Disponível em:
(3) FAMÍLIA Pereira. Disponível em:
(5) CORRÊA, Márcio Xavier. Memória sobre a economia extrativa da poaia – leste de Minas Gerais (primeira metade do século XIX). https://www2.ufjf.br/ppghistoria//files/2012/04/M%c3%a1rcio-Xavier-Correa.pdf
(6) COARPE - TJMG. Testamento de Gertrudes incluso no jnventário de seus bens.
7 - http://www.projetocompartilhar.org/Familia/cap02AntoniadaEncarnacaoXavier.htm
(8) ALMANAK Laemmert, Província do Estado do Rio de Janeiro
(10) COARPE - TJMG. Testamento de Gertrudes incluso no jnventário de seus bens.
(11) COARPE - TJMG. Inventário dos bens de Gertrudes.
(12)ARQUIVO Público Mineiro, Terras públicas Vila São Manoel do Pomba. Disponível em:
(13) PARTILHA de bens de Francisco Teixeira de Siqueira. Cartório Rio Pomba.
(14) COARPE - TJMG. Inventário de bens de Felicíssima Rosa Teixeira.
(15) COARPE - TJMG. Inventário de bens de Gertrudes Joaquina da Silva.
(16) ALMANAK Laemmert. Província do Rio de Janeiro. 1858.
(17) FURTADO, Manoel Basílio. “Itinerário da Freguezia do Senhor Bom Jesus do Itabapoana à Gruta das Minas do Castello", Editora Essentia. https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/livros/article/view/7014
(18) MATTOS, Delton de, organizador. Padre Mello Prosa e Verso, pág. 63, XII. 2005.
(19) MATTOS, Delton de, organizador. Padre Mello Prosa e Verso.
(20) ARQUIVO Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, Campos dos Goitacazes. Inventário dos bens de Ana Rosa Teixeira. 1868.
(22) ANAIS DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO DE JANEIRO. 09.10.1885.
(23) ALMANAK Laemmert, Província do Rio de Janeiro.1865.
(24) ARQUIVO Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, Campos dos Goitacazes. Inventário dos bens de Ana Rosa Teixeira. 1868.
(25) ARQUIVO Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, Campos dos Goitacazes. Inventário dos bens de Ana Rosa Teixeira. 1868.
(26) JACCOUD, Raphael Luiz de Siqueira. Histórias, Contos e Lendas da Velha Nova Friburgo, pág.402
(27) TORRES, José. Muriaé Migrante, pág 62.
(28) CARTÓRIO 1º Ofício, de Bom Jesus do Itabapoana, RJ. Livro de registro de óbitos. 1906.
(29) ALMANAK Laemmert, Província do Rio de Janeiro.1877.
Claudia e Maria Cristina: estou encantada com o trabalho de vocês. Muito bem estruturado, traz conexões até então desconhecidas. Tive grande prazer em conhecer e já o recomendei para os amigos. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigada, Nilza! Ficamos felizes em saber que gostou e agradecemos o seu apoio. Suas palavras nos motivam para seguir em frente.
ExcluirClaudia e Cristina.